A Igreja que ama o mundo


Depois que a IPUSA aprovou o casamento homossexual me vieram pensamentos e questionamentos como: Que "raios" está acontecendo com a Igreja? Tentei imaginar o que poderia ter levado a denominação tão respeitada a tomar tal atitude. Sei que não tenho gabarito para emitir um julgamento sobre esse fato, mas dentro de minha perspectiva acredito que a Igreja em Si (não me refiro a uma denominação específica) tem amado demais o mundo.

Estão amando o mundo no sentido errado. Precisamos amar pessoas, desejar a conversão delas e orar por isso. Pessoas caídas necessitam de salvação. Não podemos, porém, amá-las até o ponto de aceitarmos seus erros, pelo contrário, nesse quesito precisamos odiar. Sei que pode soar meio contraditório, mas é simples de entender. Uma vez que estamos em Cristo e fomos transformados para fazer a vontade de Deus, estamos em comunhão com ele e então odiamos tudo que ele também odeia. Por outro lado, sabemos que existe um plano de salvação para o ser humano e que em Jesus o pecador pode ser liberto dos seus pecados e ter paz com nosso Criador. É nosso dever almejar duas coisas: Que a justiça de Deus seja derramada sobre todos os ímpios que desonram seu nome, e que a sua misericórdia alcance todos aqueles que ele deseja, para que tenham escape da condenação. Em um momento expressamos o "ódio santo" em relação ao mundo, e em outro revelamos o amor para com o próximo e misericórdia.

Como podemos conviver com dois sentimentos aparentemente inversamente opostos? A igreja evidencia seu amor pelas almas que Cristo veio salvar quando anuncia sua verdade, quando incentiva as missões e torna cada um de seus membros um missionário em potencial. E como ela demonstra esse tal "odio santo"? Quando por amor à pureza da sã doutrina ela combate todas as artimanhas humanas e satânicas que se propõem a desmantelar tudo aquilo que conhecemos como sendo amável, santo e bom. É o caso da militância gay (que tem tentado destruir a família nos moldes bíblicos e substituí-la por um modelo depravado e inconsequente, fundamentado apenas na lascívia e imoralidade e perversão da sexualidade).

Se a Igreja odiasse mais o mundo (no sentido de se apegar com unhas e dentes a pureza do evangelho) ela não cederia aos apelos que a sociedade, caída na depravação do pecado e obscurecida do entendimento de Deus, tem feito usando todos os recursos que possui.

"Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.
Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo." (1 João 2:15-16).

Samuel Balbino